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A influência na prática desportiva do período menstrual

A prática desportiva e o período menstrual

A prática desportiva e o período menstrual

A prática regular de exercício físico acarreta inúmeras vantagens para a saúde em geral dos indivíduos e contribui de forma clara para a diminuição dos sintomas associados à Tensão Pré-Menstrual (TPM). As mulheres que sofrem particularmente com as cólicas menstruais são particularmente beneficiadas se se empenharem num qualquer tipo de desporto de forma constante.
Há casos de mulheres que verificam um amenizar das dores menstruais logo depois de apenas uma semana de prática desportiva. A simples corrida diária pode promover um alívio imediato das cólicas.

Actividade física afecta sistema hormonal

Os benefícios dos treinos no domínio das dores menstruais e de outros sintomas associados à Tensão Pré-Menstrual prendem-se essencialmente com o facto de a actividade física afectar significativamente a produção de hormonas. Tem, sobretudo, efeitos no sistema hormonal metabólico e no domínio das hormonas que se relacionam com o stress e com a ansiedade.

Assim, é evidente que as mulheres que praticam exercícios físicos com regularidade se sintam menos afectadas pela dismenorreia (o nome científico que é atribuído às dores menstruais).

É importante perceber que a prática desportiva deve suscitar algum tipo de esforço e de empenho, caso contrário não acarretará quaisquer melhorias no âmbito das cólicas menstruais. Os exercícios leves ou de baixa intensidade não têm quaisquer efeitos no ciclo menstrual da mulher.

Há estudos que indicam que os exercícios físicos mais intensos motivam um aumento maior na produção das hormonas de esforço, tais como a adrenocorticotrófica (ACTH)¸ as catecolaminas e a prolactina. O aumento dos níveis destas hormonas tem influência directa nos sistemas cardiovascular, respiratório, digestivo e renal, além de promover um melhor funcionamento do metabolismo.

Por outro lado, uma vez que o exercício físico é acompanhado da perda de suor, também se verifica um aumento das hormonas relacionadas com os níveis de água no corpo. Desta forma, as hormonas antidiuréticas (ADH) e a aldosterona também se apresentam em melhor número, o que contribui para aliviar as cólicas menstruais.

Desportos de alta competição e o ciclo menstrual

Por outro lado, é preciso também ter a percepção de que as atletas de alta competição podem experimentar ciclos menstruais irregulares ou mesmo a ausência de menstruação, sobretudo nas vésperas de competições, alturas em que intensificam os treinos.

Os treinos intensivos podem promover a amenorreia (ausência de menstruação), o que é normal e não apresenta razões para preocupações. Trata-se de uma situação meramente temporária que terminará logo que os treinos mais duros sejam suspensos.

Em termos de rendimento desportivo, algumas mulheres não se sentem afectadas negativamente pela menstruação, enquanto outras verificam alterações sobretudo ao nível psicológico. A sua disposição para a competição altera-se e o seu estado de espírito encontra-se mais abatido, o que não beneficia a obtenção de bons resultados desportivos.

De qualquer dos modos, as mulheres não devem deixar de competir por estarem menstruadas. É preciso que encontrem um equilíbrio interior que as predisponha para as exigências que lhes são solicitadas. Isso consegue-se com a ajuda de profissionais e com força de vontade.

Artigo revisto em 17-07-2013 por Dra Mariana Seixas, Ginecologista na Clínica da Saúde Feminina.

 

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