Benvindo ao site sobre Dores Menstruais
Saiba mais sobre as dores menstruais e leia os vários artigos que disponibilizamos acerca desse problema que ataca milhares de mulheres. Comece pelo essêncial:
O que são as dores menstruais?
O que são as dores musculares?
As cólicas menstruais são um tema muito familiar para a maioria das mulheres. Poucas há, ou quase nenhuma, que nunca tenham experimentado, nalgum momento das suas vidas, dores menstruais, em maior ou menor intensidade. Este tipo de dor, cientificamente definido como dismenorreia, resulta da contracção involuntária dos músculos do útero.
Durante o ciclo menstrual, mormente no decurso da fase de ovulação, o útero prepara-se para uma gestação. Não ocorrendo uma gravidez, é preciso expelir da zona uterina o endométrio (o tecido que reveste as paredes do útero e cuja espessura varia conforme as alterações hormonais, engrossando precisamente durante a fase da ovulação).
O sangramento ocorre de forma gradual fruto da intervenção das prostaglandinas, substâncias que actuam, em certa medida, como hormonas, motivando a diminuição da pressão sanguínea. Deste modo há um aumento das contracções do útero, o que causa as cólicas menstruais.
O nível de dor costuma ser suportável para grande parte das mulheres. Mas quando as dores menstruais são terríveis e desumanas, ao ponto de causarem o desmaio, fala-se de ex-menorreia. Nestes casos pode estar a ocorrer uma produção excessiva de prostaglandinas, o que proporciona que as contracções se alastrem a outros órgãos que não o útero, através da corrente sanguínea.
Sintomas comuns
Sintomas comuns
As dores menstruais começam já a notar-se ainda antes do início do período propriamente dito, durante a chamada fase da Tensão Pré-Menstrual. Além das cólicas na zona pélvica e no abdómen, podem ainda verificar-se dores na zona lombar, nas coxas e nas pernas. Os seios também ficam particularmente sensíveis ou doloridos. Atente na lista global de sintomas físicos que mais se verificam no decurso da dismenorreia:
- Cólicas menstruais; Dores de pernas; Dores de costas; Dores nas articulações; Dores de cabeça ou cefaleias; Fadiga; Náuseas; Vómitos; Diarreias; Obstipação; Seios sensíveis ou doloridos; Inchaços das mãos e dos pés; Aumento de peso; Perda ou aumento de apetite.
Os sintomas da menstruação podem também estender-se ao foro emocional; ora confirme os sintomas psicológicos mais recorrentes: - Depressão; Irritabilidade; Alterações de humor; Insónias; Ataques de choro ou de raiva; Falta de concentração.
É preciso notar que estes sintomas não se verificam, na sua totalidade, em todas as mulheres. Cada uma experimenta uma conjugação diferenciada de sintomas e em graus de intensidade distintos.
Causas habituais
Causas habituais
Todos estes sintomas resultam das alterações hormonais verificadas no corpo da mulher durante o ciclo menstrual. As modificações nos níveis de estrogénio e progesterona são significantes e relevantes neste processo, contribuindo altamente para todos os mal-estares vividos por muitas mulheres. A preponderância de estrogénios face à progesterona promove uma retenção de água e de sódio, o que beneficia o aumento de peso e o edema (ou inchaço).
Todavia não há uma causa evidente e cientificamente apontada como a principal responsável para dismenorreia. Está em causa antes uma conjugação de factores de ordem física e psíquica.
Há estudos que indicam que as mulheres mais emotivas são mais propensas a desenvolverem a Tensão Pré-Menstrual. Outros ainda apontam como causas uma alimentação desadequada, evidenciando a falta de vitamina B6, os baixos níveis de cálcio e/ou de magnésio e a hipoglicemia como factores impulsores das cólicas menstruais. Certo é que todos estes detalhes, sejam os nutricionais, sejam os psíquicos, nomeadamente no que concerne a ansiedades excessivas e ao stress, contribuem para a dismenorreia.
As dores do tipo menstrual podem, por outro lado, não ter nada a ver com o ciclo menstrual. Nesses casos podem ser um indício de algum tipo de problema, como é o caso de doenças como a endometriose, os tumores não cancerígenos no útero ou fibróides e as doenças inflamatórias pélvicas, entre outras.
Em causa poderá ainda estar uma situação de aborto, caso esteja grávida. Ou, por outro lado, ser um indício de uma gravidez. Um dos primeiros sinais de que se está grávida são as dores semelhantes às cólicas menstruais. A presença de dispositivos anticoncepcionais intra-uterinos também pode causar dores menstruais, bem como a chegada da menopausa.
Tratamentos possíveis
Tratamentos possíveis
As soluções que aliviam as dores menstruais são inúmeras e muito diferenciadas, desde a via medicamentosa, passando pelos remédios caseiros ou por formas mais alternativas. Para muitas mulheres o gesto essencial, neste campo, é deitar logo a mão aos comprimidos; outras preferem as mezinhas das avós ou das mães, enquanto outras aguentam com a força de vontade da mente.
Entre os medicamentos, há uma imensidão de hipóteses de venda livre no que concerne a analgésicos anti-inflamatórios. Os remédios mais eficazes, segundo alguns estudos, são os que contêm paracetamol com cafeína. Mas a simples Aspirina pode ajudar a amenizar o incómodo, bem como o Ibuprofeno, o Naproxeno e o Buscopan, entre outros medicamentos. Se não quer sofrer os efeitos secundários que a utilização de químicos sempre acarreta, pode optar por alguns remédios caseiros de comprovada eficácia. O uso do calor em seu benefício, com a colocação de compressas quentes ou de uma botija de água quente sobre a zona dorida, é uma boa ideia.
As massagens, com movimentos delicados e circulares, são também uma boa solução, tal como tomar um banho quente. Beber um chá ou qualquer outra bebida quente também ajuda a aliviar as dores menstruais. Os chás são uma boa escolha porque pode tirar partido das reconhecidas propriedades medicinais de algumas ervas, como é o caso da camomila que tem componentes calmantes. A canela, a hortelã e a erva-cidreira também são óptimas ideias, tal como o gengibre e o louro. De resto, é importante que preserve hábitos saudáveis, designadamente em termos alimentares, reduzindo o consumo de sal e de açúcar, evitando o álcool, o café e o tabaco, e aumentando a ingestão de frutas e verduras.
A prática de exercício físico e a manutenção de um regime de sono suficientemente retemperador, com mais de sete horas diárias de descanso, são outras formas simples e eficazes de redução das cólicas menstruais.
Quando estas alternativas não bastam, a acupunctura pode ser solução para o seu caso, já que a colocação das agulhas ao abrigo desta técnica chinesa tem um efeito analgésico, além de ajudar a regular o fluxo menstrual.
A homeopatia é outra opção alternativa que pode ajudar no combate às dores menstruais. Os remédios homeopáticos mais utilizados neste âmbito são o Óleo de Prímula com magnésio, o Lycopodium e a Piridoxina que contém vitamina B6. No fim de contas, tudo depende da preferência de cada mulher e do que se revelar mais eficaz e imediato para o seu caso. Só tem que medir os prós e os contras de cada solução. Mas não se esqueça de consultar os profissionais certos para não cometer erros irreparáveis.
Prevenção da dor
Prevenção da dor
Ao contrário do que muita gente pensa, é possível agir no sentido de prevenir as dores menstruais. Não será possível evitá-las totalmente, uma vez que são uma manifestação natural do organismo no decurso do ciclo menstrual de todas as mulheres. Mas pode-se amenizar verdadeiramente a sua intensidade.
O segredo para o conseguir passa por manter uma vida saudável, mormente afastando o stress e a ansiedade. Estes factores são particularmente perniciosos, aumentando a tensão corporal e emocional, o que promove as cólicas menstruais. Tente manter um regime de relaxamento continuado que lhe permita modificar a sua postura quotidiana. Tente evitar as situações de conflito e procure encarar a realidade de um ponto de vista mais sereno. O ioga pode ajudá-lo nessa busca da tranquilidade interior, ou pode praticar outro tipo de exercícios de meditação ou de respiração.
A prática de uma actividade física regular também ajuda a amenizar as dores menstruais. Pode simplesmente fazer caminhadas ou andar de bicicleta. O importante é que se movimente. Conseguirá assim um bem-estar psíquico e físico que contribuirão para que viva o período menstrual de forma mais descontraída e com menos incómodos.
A par disso, é preciso que mantenha uma alimentação adequada e equilibrada, evitando as gorduras e os açúcares. O consumo de álcool, de café, de refrigerantes e o excesso de sal também não são recomendáveis. Muitos destes factores promovem a retenção de líquidos, o que fomenta a dismenorreia.
Nos dias que antecedem a chegada do período também é pertinente que evite consumir água em excesso, de modo a evitar a indesejada retenção de líquidos.
A toma de sais minerais e de suplementes vitamínicos, designadamente de cálcio e de magnésio, também ajuda a afastar o problema. Mas é preciso que se informe junto do seu médico sobre qual será a melhor solução para si, antes de começar a tomar o que quer que seja.
Como último conselho, só lhe podemos dizer para fazer sexo! Os orgasmos são uma excelente forma de prevenir o aparecimento das indesejadas cólicas menstruais. Durante a fase de excitação e de prazer, há um aumento de produção de endorfinas que têm um efeito analgésico e tranquilizante no corpo da mulher, proporcionando um relaxamento geral. As contracções do orgasmo também fazem com que o fluxo menstrual se disperse, promovendo o relaxamento da zona pélvica e, logo, a diminuição das dores.
Guia visual sobre a tensão pré-menstrual:
"A cólica menstrual é um sintoma muito incómodo e provavelmente o mais inibidor da normal vivência de uma mulher. As dores menstruais, conforme a sua intensidade, podem até impedir a mulher de desenvolver as tarefas mais básicas do seu dia-a-dia. As limitações são maioritariamente físicas, mas também pode ser afetado o seu desempenho inteletual. O stress pelo qual muitas mulheres passam na sua vida, por causa das cólicas menstruais, merece na nossa opinião, a criação de uma plataforma de apoio que as ajude na hora de enfrentar este problema tão debilitante."
Dra Rita Carvalho
Ginecologista
Testemunhos
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