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A infertilidade e a relação com as cólicas menstruais

Fertilidade e dores menstruais

Fertilidade e dores menstruais

O período da menstruação está associado, no caso de muitas mulheres, a dores menstruais, mais ou menos intensas. É uma circunstância com a qual a maioria aprende a viver, ultrapassando o desconforto com medicamentos adequados ou com chás e outros truques caseiros. Mas é preciso que as dores menstruais não sejam encaradas com leviandade, pois podem ser o primeiro sinal de que algo mais grave se passa com o seu corpo.

Sinais de alerta

Quando as dores menstruais se apresentam com uma intensidade ou uma constância diferente do habitual, é preciso que esteja atenta e que procure o seu médico especialista o mais depressa possível. Há diversas doenças, nomeadamente problemas do foro uterino ou cancros localizados, que começam a manifestar-se dessa forma.
Se as dores forem tão fortes ao ponto de afectarem o seu rendimento profissional e o seu dia-a-dia pessoal é urgente que efectue exames médicos no sentido de despistar problemas graves.

A endometriose

A endometriose é uma doença pouco nomeada e que pode estar associada às dores menstruais que sente. Este tipo de perturbação resulta da presença de endométrio, o tecido que reveste as paredes internas do útero, fora da zona uterina.
Os sintomas associados ao problema são as dores do tipo menstrual e sangramentos irregulares. Quando não tratada atempadamente a endometriose pode resultar em infertilidade.
Esta doença tem uma forte carga hereditária – se a sua mãe ou uma irmã sofre de endometriose é mais provável que também venha a padecer com o mal. Mas outros factores de risco associados ao aparecimento da endometriose são os seguintes:

  • Ciclos menstruais que duram sete dias ou mais;
  • Menstruar muito cedo;
  • Não ter filhos;
  • Hímen não perfurado – o que dificulta a passagem do sangue da menstruação.

Como detectar o problema

Para detectar um caso de endometriose devem realizar-se, na maioria dos casos, os seguintes exames:

  • Exame pélvico;
  • Ultrassom transvaginal;
  • Laparoscopia pélvica.

Se a doença não for detectada a tempo de promover um tratamento adequado, a mulher arrisca-se a enfrentar um diagnóstico de infertilidade.

Exames de infertilidade

Um diagnóstico de infertilidade não se faz numa simples consulta médica ou com recurso a um exame único e imediato. O seu médico de família ou o especialista a que recorrer tratará, logo na primeira consulta, de a informar disso mesmo e de a esclarecer quanto ao tipo de exames que deverá fazer.
Antes de mais, o profissional de saúde terá que estar a par do seu historial clínico, pelo que deverá esperar um arsenal de perguntas. O seu marido ou companheiro também será chamado a responder a este inquérito exaustivo.
Depois, proceder-se-á ao exame físico pélvico e vaginal, bem como à marcação de análises ao sangue. Será ainda feita a avaliação do seu ciclo menstrual e proceder-se-á à análise ao sémen (espermograma) do seu companheiro. Finalmente, será feito um teste pós-coital (TPC).
Estes são os exames básicos feitos na maioria dos casos, contudo há situações em que os médicos solicitam exames complementares.

Artigo revisto em 16-07-2013 por Dra Rita Carvalho, Ginecologista na Clínica da Saúde Feminina.

 

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